A frase que disse a mim mesmo
São aproximadamente sete bilhões de pessoas que vivem no mundo, e olha que incrível, eu sou uma delas e você chegou até aqui para poder ler esse pequeno resumo que fala sobre mim.
Para começar devo voltar aos meus 5 anos de idade quando ganhei meu primeiro Lego. É algo emocionante montar essas pecinhas como o manual diz e chegar ao final com uma bela obra de arte feita por uma criança, mas é ainda mais interessante quando você coloca o manual de lado e começa a criar coisas novas!
Não, eu não irei demorar muito, vamos pular para a parte em que eu termino o ensino médio e digo para os meus pais que quero fazer Design. Design? Confesso que até hoje eles parecem não entender muito bem qual a minha formação, mas enfim, prosseguindo!
“Talvez você devesse fazer engenharia, filho, seria algo emocionante!”
Você já deve imaginar o que aconteceu depois dessa frase. Eu coloquei o manual de lado e resolvi ser um louco designer no mundo da criação.
Em 2012 eu iniciei essa jornada de quatro anos.
O primeiro ano foi bem interessante, pois estava em um universo novo, parecia estar passando por um portal para chegar ao mundo adulto, eu seria um designer ao final desse ciclo. Era assim de forma sutil até que chegou o quarto ano, que ano incrível! Ano de escolher o que eu gostaria de pesquisar, imaginar, criar e desenvolver como prova de que eu realmente seria um designer.
Estar com meus colegas de curso para desenvolver o Me, que é até hoje motivo de nos reunirmos para poder continua-lo, foi e continua sendo uma experiência inesquecível, ainda mais quando no dia da formatura fomos premiados pela ADP (Associação dos Designers de Produto) pelas soluções de design que desenvolvemos e pela qualidade de representação.
“Uau, agora eu sou um designer!”
Mas desde quando comecei a faculdade uma pequena pergunta me vem à mente: Por que faço aquilo que faço? Tal pergunta tem sido muito presente no meu dia a dia pois ela me faz olhar para aquilo que faço e questionar se realmente é algo que deva ser feito e se está sendo feito com uma motivação correta.
“Não pensando somente no sentido de certo ou errado, mas quão importante é aquilo ou como isso que estou fazendo irá impactar o mundo ou as pessoas que estão ao meu redor? Então, por que faço aquilo que faço?”
Durante aqueles quatro anos pude trabalhar como designer, tanto de produto como gráfico, mas no último ano, mais especificamente no final dele, eu dei tchau para a empresa onde estava e sai por aí para mudar o mundo com projetos criativos, inovadores, diferentões, que não seguem o manual por seguir, mas que questionam a forma como as coisas funcionam para poder criar e desenvolver aquilo que faça realmente sentido, que é útil, proveitoso e necessário!
Bom, não foi exatamente dessa forma que aconteceu, na realidade nada disso aconteceu! Eu entrei em um escritório de design.
Devo separar esse parágrafo e talvez outro para falar desse período, e quero fazer isso pois foi um tempo brilhante de fato, eu estava trabalhando com outros designers, tanto da área de produto como da área gráfica, mas foi nesse tempo que isso aconteceu:
“Gabriel você não é um designer, você fez quatro anos de faculdade e ainda não se formou! Você não sabe nada, ainda tem tudo para aprender! Será que você vai conseguir? Será que tudo o que você faz realmente faz sentido, é útil, proveitoso ou necessário? Quem você será no futuro?”
Era o que eu dizia e perguntava a mim mesmo, e sendo sincero, em certos momentos alguns desses pensamentos ainda me vem até hoje. O meu tempo lá foi de grande aprendizado pois estava desenvolvendo produtos, marcas, e até conhecendo um pouco sobre tendências e o mundo analítico, certamente falhando muito, mas isso para poder aprender algo.
Em alguns momentos a vida realmente te entrega dias ruins, mas aquele dia não é essencialmente ruim, apenas as coisa que aconteceram nele fizeram com que você olhasse para ele dessa forma, mas a verdade é que aquele dia não perdeu a sua beleza. Algo que digo em relação a isso é:
“Acima de qualquer tempestade existe um céu limpo e iluminado. “
E isso é realmente uma verdade, certa vez viajei para o Rio de Janeiro e estava chovendo, ao passar das nuvens eu quase fiquei cego de ver aquele brilho do sol batendo nas nuvens e deixando-as mais brancas que o próprio branco mas enfim! Apenas outro comentário — Hehe
Atualmente sou UI Designer, uma empresa de tecnologia que atua especificamente na área de Business Intelligence (BI) e Analytics, algo que fez mudar muito minha forma de ver o dia a dia e até mesmo o futuro, e posso dizer que estar lá é estar em um mundo novo para mim e notem quão incrível é isso, eu realmente aprendi algo! Ainda questiono o porquê das coisas que faço, mas hoje eu altero a minha frase original:
“Gabriel você se formou, foram quatro anos de aprendizado mas ainda tem muito para aprender! Se vai conseguir? Não sei, mas pode tentar! Tudo o que você faz pode ter um sentido, ser útil, proveitoso e necessário, afinal, você é um designer e, além disso, é um ser humano. Quem você será futuro? Isso depende de quem você é hoje!”
⋯
Nossa Gabriel Macedo você fala demais!
Sim, eu falei que seria pequeno o resumo e que não demoraria muito, mas às vezes/sempre falo muito.